segunda-feira, 29 de março de 2010




Tantas possibilidades temos, de sorrir, de chorar, de sentir, de conquistar, de ser, de realizar, de estar, de inventar, de querer, de desejar, de se inspirar, de copiar e de tentar, por mais uma vez tentar. Acho que talvez não vivemos de faltas de possibilidades mas do querer, do poder e do arriscar. Muitos se arriscam colocando culpa nos outros, nas falhas de seus caminhos ou até mesmo nas minipedrinhas, afinal se torna simples assim, não é mesmo? Que êxtase! Sair ileso de um mal provocado por si mesmo, sem ao menos sofrer uma só consequência!

Mas o esperto se torna o mais imprudente,
Culpar-se do inculpavel, do erro por um egoísmo, por uma fraqueza, por um medo, é tão fácil, mas o difícil é lutar contra a consciência, dia após dia, lhe martelando e remoendo pedacinho por pedacinho do seu ser. O difícil é ter que enxergar sem máscaras, sem rótulos o seu verdadeiro "eu".

O desespero da loucura torna-se incalculável, até mesmo os que lhe queriam bem acabam sendo arrastados na sua loucura sem ao menos serem cogitados, sem direito de escolha. E ao invés de rerguer-se, afunda-se em um mar profundo aonde ninguém é capaz de lhe alcançar, afinal aos ondas foram provocadas por você, o mar agora é seu e as consequências também. Afogar-se? Salvar-se? Recomeçar por mais uma vez de novo.

E o desespero da loucura, acaba levando a sanidade ao coração.

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