segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O ser humano é tão podre, mas tão podre, que ele só consegue enxergar o que os olhos deles querem. Enquanto na vala estamos eles pisam e pisam mais, quando por algum jeito mostramos um pouco de libertação, ou um pouco de mudanças sentimentas, eles se fazem de coitados, ironizam e falam que não servem mais. As pessoas não sabem o valorizar, afinal eles não valorizam enquanto as tem, imagina só quando as perdem.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Deixe a Raiva Secar... 

"Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá,
todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.
Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho
de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga,
resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por
aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu
conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão."
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao
apartamento de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo
todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas
a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou?"
"Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava
mais fácil limpar."
"Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro..
Depois fica bem mais fácil resolver tudo."
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe
e foi para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha...
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo
comprar outro brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou."
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para
o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de
barro.

Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais
pela sua posição ponderada e correta.
Diante de uma situação difícil, lembre-se sempre: Deixe a raiva secar."

Uma Grande lição, GRANDE.
E lá se vão os pedacinhos restantes...
Busquei, busquei e mais uma vez me vi vagando no vácuo, dessa vez só, bem mais só do que qualquer solidão já vista a olhos nus.
Afundei-me tão fundo incapaz de ser achada e não exaltei, me vi atada à tudo, atada à mim.
Procurei esquecer, procurei outros semblantes, mas todos os ressuscitados não traziam as coisas simples que haviam sido perdidas de mim, da vida! Respeitei mais não entendi o fato de ser uma coadjuvante, algo que além de inaceitável é desconhecido em minha sã natureza. Me vi em todos os lugares sorrindo, mas oca.
O pior que sofrer é sofrer e ter como aliado a razão, a qual te faz sofrer ainda mais. Sofrer, sofrer e sofrer. Até quando terei que sentir isso que me corroe e me toma por completo? Não estou mais no poder de mim, fui vencida pelo cansaço, não tenho mais forças, não tenho mais ânimo, me sinto um boneco no meio de todos, me sinto apenas mais uma. Tive vontade de sumir por diversas vezes, de abandonar tudo que eu havia construído, de dormir eternamente, mas a mínima consciência que ainda me restava me fez estacionar, ou melhor não deixar de viver.
Tive abraços calorosos, pedidos e conselhos, mas o que o ouvir diante do sentir e do viver? A pessoa dos conselhos, a psicóloga de todos nos se viu sem esperanças e o pior, sem respostas. A menina que tudo vê, a menina que tudo sabe, agora nada mais é do que um ponto de interrogação.